Um grupo espírita alagoano, ao realizar uma palestra temática em plataforma virtual, teve a reunião invadida.
“Fui convidado para ministrar uma palestra via aplicativo, havia em torno de 100 participantes, quando quatro pessoas desconhecidas se misturaram e utilizando o recurso de apresentação, começaram a projetar imagens e áudio de pornografia” relatou Jilvon Barros, professor e palestrante espírita.
“Isso durou cerca de 2 a 3 minutos, foram momentos tensos, causou certa conturbação e choque naturais, inclusive por se tratar de um encontro de ordem religiosa, até o administrador da sala identificá-los, suspender as apresentações e expulsar as pessoas. Graças a Deus conseguimos retomar a apresentação, que transcorreu normalmente sem nada mais grave” completou o professor.
O que aconteceu com o professor Jilvon é um exemplo de que as videochamadas, popularizadas em razão da pandemia mundial por Covid-19, apesar de nos resolverem a vida em inúmeros aspectos, por outro lado trazem à tona a pergunta: o que posso fazer para ter mais segurança durante minhas reuniões?
O Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec) traz orientações para que usuários estejam cada vez mais atentos na hora de escolher os aplicativos e de como agir para que suas reuniões se tornem ambientes cada vez mais seguros, dentro do possível.
“Grande parte dos apps tem uma infraestrutura de servidores espalhados pelo mundo, nos quais nós consumidores nos conectamos por intermédio dos aplicativos, disponibilizados nas lojas em nossos smartphones. O app intermedia a conexão entre os usuários e gerência as chamadas, segurança, privacidade e qualidade das ligações” explicou Eric Rizzo, analista de redes da gerência de operações do Itec.
Eric nos traz ainda algumas medidas que podem ser verificadas na hora de escolher determinado app para realizar reuniões virtuais.
Cuidado com os aplicativos fakes
Na loja de aplicativos, prestem bastante atenção ao nome dos programas a serem instalados e ao nome da empresa que o desenvolveu. Há hackers que criam aplicativos similares aos originais, mudando apenas uma letra no nome, por exemplo, com intuito de confundir e obter informações pessoais dos usuários. Certifique-se que está baixando o aplicativo dos desenvolvedores originais
De onde baixar?
Atenção quanto à origem de onde os aplicativos serão baixados, evite instalar aplicativos de fontes duvidosas, procure sempre obter softwares originais e direto da loja de apps do seu smartphone.
O que esse app pode fazer?
Observe as permissões que cada aplicativo tem, é importante verificar as permissões de acesso e restringir os programas que tiverem mais permissões do que deveriam ter. A dica é que existem aplicativos gratuitos e pagos que fazem esse tipo de varredura, caso você não tenha conhecimento do que estamos falando.
Quem desenvolveu esse app?
Escolha sempre aplicativos onde seus desenvolvedores levam a sério a segurança da informação, vulnerabilidade em aplicativos é bastante comum e pode comprometer a privacidade de seus dados. Existem diversos relatos na internet de ferramentas que já passaram por falhas de segurança e com uma rápida pesquisada na internet você consegue filtrar bem os melhores fornecedores a lhe atender
Outras medidas que podem ser tomadas com relação à segurança nas videoconferências: sempre utilize a versão mais recente do aplicativo; use senha para acessar a videoconferência; não compartilhe o link da videoconferência em ambientes públicos; use a sala de espera (liberar ou não pessoas) e evite as funcionalidades de transferência de arquivos que, na maioria das vezes, não é criptografada.
“Segurança da informação é um tema que sempre gera muitas dúvidas e nos dias atuais nada é 100% seguro, mas algumas ações básicas como estas que citei podem reduzir drasticamente os riscos de ter seus dados expostos na internet ou comprometidos por algum hacker”, finaliza Eric Rizzo.